“Para refletirmos um pouco”
2 de setembro de 2019
“Como você lida com os segredos?”
4 de setembro de 2019
“O que importa?”
“Bendito no Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1.3)

Este certamente não é o mesmo Pedro impulsivo e cheio de fraquezas descrito nos evangelhos. Depois de tantas provas e já nos seus últimos dias de vida, um homem maduro compartilhará da sua experiência com os demais irmãos que sofriam grande pressão por causa da fé.

Pedro escreve esta epístola por volta de 64 d.C. A esta altura Roma tem grande parte da cidade queimada e os moradores colocam a culpa no imperador Nero, que por causa dos seus projetos ambiciosos teria provocado tal catástrofe, porém, como Nero sabia que os romanos não viam os cristãos com bons olhos, ao ser acusado, disse que na verdade os cristãos teriam sido responsáveis pela queimada, como resultado, foi levantada uma furiosa perseguição contra os cristãos.

Ao escrever aos irmãos, o apóstolo Pedro teve como finalidade desafiar àqueles que estavam dispersos na Ásia menor para que permanecessem firmes nestes tempos difíceis. Eles tinham nascido de novo por meio da ressurreição de Cristo e, por isso, deviam manter no coração a viva esperança. Pedro afirma que a confirmação da fé que tinham por meio do teste é mais valiosa do que o precioso ouro refinado. Sendo assim, deveriam, por esta razão, preparar as suas mentes para buscar a Cristo em santidade, movidos pela esperança cristã que repousa no fato de ter Deus ressuscitado o seu Filho Jesus Cristo dentre os mortos.

A epístola tinha como objetivo duas questões básicas: A) Fortalecer os irmãos e B) Alimentar o rebanho de Deus. Ligados a todos os aspectos mencionados vemos no texto três ênfases:

I- A viva esperança v, 3 “Centralizada em cristo”. Dentro desta perspectiva o autor aos hebreus diz que o que se vê não é esperança. Talvez se aqueles irmãos olhassem para os episódios que os cercavam corriam o risco de concluírem que nada daquilo valia à pena, mas o apóstolo cuida de animá-los sob a alegação de que a obra operada em seus corações havia sido concretizada por Cristo e que esta salvação não estava limitada ao circunstancial, mas que era de caráter duradouro.

II- A herança incorruptível e imarcescível v, 4. Temos aqui aquela ideia expressa por Cristo em Mateus 6 quando fala a respeito do tesouro nos céus, onde ladrões não minam, não roubam e nem a ferrugem ou a traça tem a capacidade de comprometer o seu real valor. Portanto, não eram as provações que fariam aquela herança murchar, pelo contrário, a pressão aplicada só serviria para confirmar o quanto eram fervorosos e estavam dispostos a padecerem pela causa do evangelho.

III- O poder divino que preserva em meio às provas: vv, 5-8. Aqui podemos destacar três pontos através dos quais os irmãos poderiam extrair deste poder:1) Por meio da fé v, 5; 2)pelo regozijo nas provas v, 6; 3) em amor e gozo indescritível, 8. A ideia é muito clara, Pedro argumenta que a força para vencer a prova não está contida essencialmente no crente, mas em Deus que fornece o suporte(fé) necessário para que não fiquem prostrados pelas circunstâncias ameaçadoras.

É fato que a igreja não gosta de passar por provas, mas é verdadeiro também que os servos de Deus sabem que em grande ou pequena escala elas sempre vêm. Muito embora eu não seja muito favorável às frases prontas que são rotina no meio evangélico, abrirei uma exceção aqui para dizer que; Deus não nos poupa das provas, mas nas provas. Precisamos ter em mente também que as provações nunca têm um fim em si mesmas, mas que levarão sempre a um propósito muito maior. Lembre-se; Deus não está indiferente à tua causa.

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. Givaldo Santana