“Faça a diferença na vida do seu pastor”

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“Faça a diferença na vida do seu pastor”

“Porque vos lembrais, irmãos, do nosso labor e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1 Ts 2.9)

Quando eu era jovem fazia parte da UMPC de minha igreja, era uma mocidade bem ativa. Fazíamos atividades na igreja local, evangelizávamos nas ruas e nas casas e visitávamos irmãos idosos e pessoas não crentes. Certa vez na reunião mensal, alguém deu uma sugestão no mínimo inusitada: visitar o pastor da igreja, onde já se viu! Aquela proposta absurda passou e depois de uns dias, lá estava o grupo de uns quinze jovens visitando o pastor e sua família. Eles nos receberam muito bem, e depois de momentos bem agradáveis já nos finalmente, o pastor exclamou: “-Foi uma surpresa maravilhosa quando soubemos que vocês viriam, ficamos realmente muito contentes!”

O pastor é tentado a caminhar sozinho sob a alegação de sobrevivência ministerial, mas a bem da verdade também carece de atenção e cuidados como os demais integrantes da igreja. Durante muito tempo, talvez por culpa do próprio pastor, a igreja viu o seu líder como uma figura resiliente e imune aos problemas que afetam os crentes como: desânimo espiritual, relacionamento familiar, finanças, doenças psicossomáticas, etc.

Passo a fazer algumas indagações aqui enquanto você tenta responder para si mesmo os questionamentos:
Qual é o respeito que você nutre pelo seu pastor? Se é responsabilidade do líder cuidar do bem-estar do rebanho, é verdadeiro também que compete, a cada crente, externar disposição em considerar o pastor como o instrumento de Deus para ministrar ao rebanho. Por isso, o respeito é necessário.

Você ora pelo seu pastor? Como pastor, afirmo que é maravilhoso quando ouvimos da ovelha que somos alvos das suas orações. Assim como você, o seu pastor carece da graça sustentadora do Senhor.

Quanto tempo faz que você mandou uma mensagem para dar uma bom dia ao seu pastor e perguntar como ele está?

Uma liderança saudável é essencial para que a igreja tenha vitalidade, mas é também papel da congregação estar atenta para os sinais de síndrome de burnout presentes em seu pastor. Seria uma espécie de troca mútua. Conta-se que um jovem comentou que gostaria de ser pastor por se tratar de uma atividade tranquila, ao dizer isto, o pastor lhe convidou a acompanhá-lo por uma semana. O jovem aceitou, e antes do término da semana, seguindo de uma série de desculpas o jovem pediu dispensa.

Vamos destacar aqui como seria a semana de um pastor: Visitar o bebê que acabou de nascer na maternidade, pregar no culto de debutantes da adolescente, pregar no culto fúnebre de alguém que era membro da igreja ou parente de alguém que pertence a igreja, acompanhar a reforma que está sendo feita na igreja, preparar mensagens para o fim de semana, prestar assistência para o casal da igreja que está se separando, ensinar no curso de discipulado, visitar enfermos no hospital, discipular o novo membro, tempo de oração em favor dos membros, pastorear a própria família e mais algumas coisinhas que vão surgindo ao longo da semana. Assim é o cotidiano do pastor que tem a responsabilidade de cuidar, mas que também precisa de cuidados.

Lembre-se, o ministério pastoral não se resume aos sermões do fim de semana, portanto: ame, respeite, cuide do seu pastor, e isto, retornará em forma de cuidados com a igreja.

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. Givaldo Santana (Pastor na IPC de Birigui – SP e Pedrinha Paulista – SP)