“Uma análise autoral, histórica, política, socioantropológica e psíquica de primeira Pedro”

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“Uma análise autoral, histórica, política, socioantropológica e psíquica de primeira Pedro”

“Uma análise autoral, histórica, política, socioantropológica e psíquica de primeira Pedro”

(Parte 1 de 2)

Introdução

A primeira carta do Apóstolo Pedro chama-nos à reflexão daquilo que somos em Cristo Jesus. Somos eleitos de Deus, estamos neste mundo como peregrinos. O mundo, ou seja, o sistema que reina no mundo odeia a Igreja de Cristo e tudo o que ela representa. E como tal, persegue os santos.

Quando Pedro escreveu sua primeira carta o Império Romano ainda não perseguia de forma oficial o cristianismo, entretanto, já havia discriminação por parte da população contra aqueles que viveram antes um tipo de vida desregrada e agora viviam de forma que agradavam a Deus.

A carta fala sobre a perseverança que os santos devem ter, fala sobre o testemunho que os cristãos, apesar de tudo que lhes ocorrem, precisam dar. O entendimento correto de tudo o que acontece é algo vital para o povo de Deus. Desde a criação o Senhor Deus estabeleceu três mandatos para que o homem cumprisse. Com a entrada do pecado, o cumprimento se tornou difícil. Todavia, com a ajuda do Espírito Santo os salvos são capacitados a obedecerem.

No que diz respeito à situação politica, socioantropológica e psíquica dos crentes é de suma importância que haja a percepção que a vida cristã nesta terra será uma vida de provas e lutas. O fato de que muitos cristãos não passam por algo semelhante ao que a Igreja no período apostólico e patrístico passou, acabou por gerar uma espécie de desassociação cognitiva entre o que as Escrituras dizem e a realidade que alguns cristãos vivem hoje em dia, ou seja, o fato de viverem em certo bem-estar e paz. Sobretudo quando leem nas Escrituras sobre o sofrimento cristão, todavia, vivem tranquilos. Obviamente não estou sendo contrário a esta bênção que o Senhor permitir que alguns santos tenham hoje em dia. Entretanto, se não tivermos cuidado, viveremos uma espécie de cristianismo “vida mansa” que não se prepara para o embate contra as trevas. Pois bem, tendo dito isto, vamos à análise.

  1. Estudos históricos

Há importância em identificarmos o autor da carta, seus destinatários? Local e data? Há importância em sabermos qual era a situação política? Antropológica, sociológica e psicológica dos cristãos? Sim! Um dos distanciamentos que o exegeta precisa transpor é o histórico. Se quisermos saber o impacto da mensagem e sua relevância para os santos daquele conturbado período, precisamos entrar neste túnel do tempo e ser um ouvinte original. É vital este transporte. Mais do que nunca a nossa Teologia Sistemática precisa ser extraída das Escrituras e não ser um mero discurso religioso baseado em alguma tradição seja ela qual for, pois muitas vezes tem sido fruto de uma leitura anacrônica. Eis a importância de uma saudável hermenêutica que leve em conta a abordagem triádica: História, Literatura e Teologia.

O que propomos? Entrar neste túnel e dentro do possível compreender um pouco da situação política, antropológica, sociológica e psíquica dos santos a quem Pedro escreveu.

1.1. Autoria/ Perspectiva ortodoxa

Pela simples observação da introdução do livro o autor se identifica. Todavia, há os que negam a obviedade. Qual a razão de fazerem isto? Se, como veremos, há evidências externas e internas. Penso que a razão de tais questionamentos reside na incredulidade para as devidas evidências. Partiremos do pressuposto que Pedro o apóstolo a quem também se autodenominou como presbítero é o autor da carta. Sobre o uso de tais evidências, há exegetas de renome que sustentam a opinião ortodoxa que defende a autoria Petrina. Kistemaker fazendo uso da evidência externa chega às seguintes conclusões:

“De acordo com o endereço, Pedro enviou esta epístola aos cristãos que eram “forasteiros no mundo, dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1.1). Esses nomes se referem a regiões que cobrem grande parte da Ásia Menor (Turquia, nos dias de hoje) e indicam que a carta foi lida em muitos lugares. Ela era conhecida nos primeiros séculos? Os pais da igreja afirmam que tinham conhecimento da epístola de Pedro. Por volta de 95 d.C., Clemente de Roma escreve uma carta 1 Clemente para a igreja de Corinto. Nela, oferece alguns paralelos com 1 Pedro. O primeiro exemplo encontra-se na saudação da epístola de Clemente, que tem semelhança notável com a da carta de Pedro: Àqueles chamados e santificados pela vontade de Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Graça e paz do Deus Todo-Poderoso vos sejam multiplicadas em Jesus Cristo. No grego, Pedro usa o mesmo vocabulário: chamados, santificados, graça e paz sejam multiplicadas (1.2). Em seguida, Clemente escreve: “Fixemos nosso olhar no Sangue de Cristo, e saibamos que é precioso ao seu Pai”.2 A alusão às palavras de Pedro “precioso sangue… o sangue de Cristo” (1.19) é inconfundível. Em terceiro lugar, o vocabulário de Clemente contém uma série de palavras que aparecem apenas nas epístolas de Pedro. E, por fim, duas das citações do Antigo Testamento (Pv 10.12; 3.34) em 1 Pedro também aparecem na carta de Clemente (4.8 e lClem. 49.5; 5.5; e lClem. 30.2). Na primeira metade do século II, Policarpo escreveu uma carta à igreja de Filipos. Essa carta tem várias citações de 1 Pedro, como por exemplo: “[Jesus Cristo] a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória” (1.3 e lPe 1.8). Mesmo que Policarpo não mencione o nome de Pedro, a fonte das citações é a epístola de Pedro. Mais para o final do século 2B (185 d.C.), Irineu não apenas cita 1 Pedro 1.8 como também introduz a citação com as palavras: “e Pedro diz em sua epístola”. No século seguinte, Clemente de Alexandria e Tertuliano citam a epístola de Pedro e fazem referência ao nome do apóstolo. O historiador da igreja, Eusébio, observa que Papias, que foi bispo na Ásia Menor (por volta de 125 d.C.), “usou citações da Primeira Epístola de João e, do mesmo modo, também da epístola de Pedro”. Em resumo, as evidências externas mostram que a igreja considerava essa epístola autêntica e apostólica”. (KISTEMAKER, 2006. pags. 12-13)

Outra metodologia é a evidência interna. Neste tipo de evidência há uma análise na composição do discurso. Kistemaker faz a análise e chega as seguintes conclusões:

“As epístolas de Pedro testemunham que o apóstolo é o autor pois, na saudação, o escritor se identifica como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” (1.1). O autor também fala com autoridade e observa que é testemunha ocular do sofrimento de Jesus (5.1). Então, na segunda epístola, o autor declara: “Amados, esta é agora a segunda epístola que vos escrevo” (3.1). E, por fim, Pedro menciona Silas e Marcos e, assim, faz referência aos ajudantes apostólicos cujos nomes eram bem conhecidos na igreja primitiva (ver At 15.22,37; 12.12). Outra fonte de evidência intema é Atos, onde Lucas registrou alguns dos sermões de Pedro de forma resumida. Pedro pregou para a multidão reunida em Jerusalém para as comemorações do Pentecoste (At 2.14-40), dirigiu-se ao povo que foi ao Pórtico de Salomão (At 3.11-26), falou diante do Sinédrio (At 4.9-12; 5.29-32), pregou na casa de Cornélio (At 10.34-43) e participou do concilio de Jerusalém (At 15.7-11). Os paralelos entre os sermões de Pedro e sua epístola são notáveis. E. G. Selwyn observa: “Poucos poderiam sugerir que os paralelos de ideias e frases entre os discursos e 1 Pedro são baseados numa leitura de S[ão] Lucas da Epístola”. As evidências, tanto externas quanto internas, apóiam a autoria apostólica de 1 Pedro”. (KISTEMAKER, 2006. p. 13)

Além de Kistemaker, temos também Carson, Moo e Morris que dizem também o seguinte: “A carta afirma ter sido escrita por Pedro, apóstolo de Jesus Cristo (1.1); o autor é um presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo (5.1)” (CARSON, MOO E MORRIS, 2004. p. 467). Temos também a posição de Gerhard Horster que diz: “A informação que a carta dá sobre si mesma é clara: Pedro, o apóstolo de Jesus Cristo, é o seu autor.” (HOSTER, 1996. p. 162). Utley diz:

“Evidência interna para o Apóstolo Pedro 1. Afirmada em 1.1 2. Alusões às palavras e experiências da vida de Jesus e os Doze (i.e. testemunha ocular de 5.1) a. Exemplos tirados de The First Epistle of St. Peter [A Primeira Epístola de São Pedro] de E. G. Selwyn, 1946 (1) 1.3 João 21.7 (2) 1.7-9 Lucas 22.31; Marcos 8.29 (3) 1.10-12 – Lucas 24.25ss; Atos 15.14ss (4) 3.15 Marcos 14.29,71 (5) 5.2 João 21.15ss b. Exemplos tirados de The First Epistle General of Peter [A Primeira Epístola Geral de Pedro] de Alan Stibb, 1971 (1) 1.16 Mt 5.48 (2) 1.17 Mt 22.16 (3) 1.18 Marcos 10.45 (4) 1.22 João 15.12 (5) 2.4 Mt 21.42ss (6) 2.19 Lucas 6.32; Mt 5.39 (7) 3.9 Mt 5.39 (8) 3.14 Mt 5.10 (9) 3.16 Mt 5.44; Lucas 6.28 (10) 3.20 Mt 24.37,38 (11) 4.11 Mt 5.16 (12) 4.13 Mt 5.10ss (13) 4.18 Mt 24.22 (14) 5.3 Mt 20.25 (15) 5.7 Mt 6.25ss 3. Palavras e frases similares aos sermões de Pedro em Atos a. 1.20 Atos 2.23 b. 2.7,8 Atos 4.10,11 c. 2.24 – Atos 5.30; 10.39 (esp. uso de xylon para cruz) d. 4.5 Atos 10.45 4”.

Comparações missionárias contemporâneas do primeiro século a. Silvano (Silas) 5.12 b. Marcos (João Marcos) 5.13

“B. Evidência externa para o Apóstolo Pedro 1. Aceita cedo e amplamente pela igreja primitiva a. Fraseologia similar, possivelmente citações da Letter to Corinthians [Carta aos Coríntios] de Clemente de Roma (95 A.D.) b. Fraseologia similar, possivelmente da Epistle of Barnabas [Epístola de Barnabé] (130 A.D.) c. Aludida por Papias, o Bispo de Hierópolis (140 A.D.) numa citação de Eusébio d. Citada por Policarpo em sua Epistle to the Philippians [Epístola aos Filipenses] 8.1, mas não menciona I Pedro de nome (ele morreu em 155 A.D.) e. Citada por Irineu (140-203 A.D.) f. Citada por Orígenes (185-253 A.D.). Orígenes acreditava que I Pe 5.13, onde Pedro chama Marcos “meu filho”, significa que ele escreveu o Evangelho de Pedro. g. Citada por Tertuliano (150-222 A.D.) (UTLEY, 2014. pags. 153-154)”.

Apesar das evidências externas e internas há os que contrariando a obviedade da autoria, nega-a. Carson, Moo e Morris elenca os argumentos daqueles que se opõe a autoria Petrina. Eis os argumentos:

“Eles ressaltam o grego excelente, que acreditam não poder ter sido escrito por um homem “iletrado e inculto” (At 4.13) (…) o emprego da tradução Septuaginta do Antigo Testamento é inconsistente com um autor Galileu. (…) Afirma-se que a carta é por demais dependente da autoria paulina para poder ter sido escrita pelo apóstolo Pedro. (…) Não há nenhum indícios de conhecimento dos acontecimentos da vida de Jesus, o que teria sido natural numa carta escrita por Pedro(…) Há quatro trechos que se referem a perseguição ( 1.6; 3.13-17; 4.12-19; 5.9) e afirma-se que isso pressupõe uma perseguição como aquela sofrida sob Domociano de Trajano. Desconhecemos qualquer perseguição como essas durante a vida do apóstolo. (CARSON, MOO E MORRIS, 2004. p. 468-470)”.

Passaremos a demonstrar como os estudiosos que não aceitam a autoria Petrina argumentam. E o que será percebido é que às vezes adotam um ou outro destes critérios que Carson, Moo e Moris levantaram.

Pois bem, vejamos: Gabarrón diz “apesar dos dados sobre o autor presentes na carta, sua identificação com o apóstolo é controvertida.” (GABARRÓN, 2003. p 04). Feldmeier apoiando-se nestes argumentos levantados por Carson e os demais e adotando a ideia da pseudoepigrafia, identifica o período que a carta começou a ser questionada, ele diz: “apesar da clara identificação do autor, a autoria de Pedro é questionada desde o inicio do sec. XIX.” (FELDMEIER, 2009. p. 42) Bull chega a dizer o seguinte: “ A 1 Pd reivindica, no pré-escrito, ter sido redigida pelo apóstolo Pedro. Essa reivindicação também foi amplamente aceita na Igreja antiga. Toda uma série de indícios, contudo, indica que se trata de um escrito pseudoepígrafo” (BULL, 2009. p. 131). Bornkamm falando sobre a autoria da carta diz o seguinte: “O nome de Pedro aí é um pseudônimo, tendo sido a carta escrita durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C)” (BORNKAMM, 2003. p. 137). Gnilka diz:

Em nossa pesquisa, partimos do pressuposto de que essa carta não pode mais remontar imediatamente a Pedro, mas foi elaborada fazendo-se apelo a seu nome, o que também implica situá-la anos depois de sua morte. (GNILKA, 2006. p. 197)

Vimos que a questão da autoria tem sido negada por alguns e estes se baseiam ou em um ou em outros argumentos mencionados por Carson e os demais. Observem que a fala de tais exegetas se baseiam em critérios subjetivos.

Ainda sobre a negação da autoria Petrina Hörster falando a respeito de Kümmel diz:

“Por isso, a primeira carta de Pedro é, sem dúvida, um escrito pseudônimo, mas a pseudonímia só é exercida no âmbito da carta, e mesmo aí, com muito cuidado. Ele considera essa carta uma obra de autor cristão desconhecido do primeiro século (90-95), que queria honrar o apóstolo Pedro e fazer uso da autoridade dele no cabeçalho da carta. Por que Kümmel rejeita o apóstolo Pedro como autor? Visto que no NT os apóstolos Pedro e João — ex-pescadores do lago Genesaré — foram considerados homens iletrados (At 4.13), e que essa carta foi escrita em linguagem de uma pessoa muito culta do mundo helenístico, seria impossível imaginar que Pedro tivesse essa capacidade literária. Além disso, a carta, em vários aspectos, teria inclinações para as posições do apóstolo Paulo, o que não seria de se esperar em virtude da tensão que havia entre os dois apóstolos (cf. Gl 2.12ss). Finalmente, argumenta Kümmel, não é possível perceber na carta que o autor acompanhou a Jesus por três anos pela Palestina. Também a situação de perseguição, anunciada por 1 Pedro, só teria ocorrido ao final do primeiro século sob Domiciano. (HOSTER, 1996. p. 162)”.

Como fora dito antes, a posição adotada neste trabalho é que Pedro foi sim o autor da carta, pois cremos que os motivos que foram elencados contra a autoria são descabidos. Tendo dito isto, é necessário pesquisarmos um pouco sobre quem foi este Pedro que escreveu a carta que leva o seu nome.

Quem foi este Pedro? Gnilka diz:

“Chamava-se Simão. O equivalente hebraico Schimon. Tinha, pois, o nome de um dos filhos de Jacó e patriarca de Israel (Gn 29.33). Com efeito, desde Aristófanes o nome Simão encontra-se também entre os gregos, onde é testemunhado em inscrições. Assim, é legitima a pergunta acerca de qual pano de fundo foi determinante para a denominação, se o judaico ou o grego. Provavelmente o judaico. Contudo, é preciso lembrar que seu irmão chamava-se André e tinha, portanto nome grego (Mc 1.16) Sem dúvida era judeu, proveniente de família judaica. Por ocasião do “incidente de Antioquia”, Paulo dirige-se a ele desta forma: “Se tu, sendo judeu” e prossegue, incluindo a si mesmo: “Somos judeus de nascimento e não pecadores da gentilidade” ( Gl 2. 14-15). Esse pano de fundo de aproximação à cultura grega torna compreensível por que Simão, mais tarde, como cristão, é mais aberto aos pagãos do que muitos de seus contemporâneos. (GNILKA, 2006. p. 23)”.

Onde ele nasceu e qual a causa desta informação ser tão importante para derrubar o argumento antipetrino que diz que Pedro não poderia escrever um texto tão profundo e eloquente? Ironicamente o argumento mencionado logo acima foi o de Gnilka que tem uma posição antipetrino. Depois de falar que Pedro tinha nascido em Betsaida baseado em João 1.44, faz as seguintes observações a respeito da cidade onde Pedro nascera:

“A população era miscigenada. Judeus e sírios viviam ali misturados. Quem havia crescido em Betsaida, terá não somente compreendido o grego, mas também se terá habituado à cultura grega mediante o comércio com estrangeiros”. (GNILKA, 2006. p. 27)

É curioso estas informações, pois desfazem o mito sobre a capacidade de Pedro falar e compreender o grego.

Sobre a vocação de Pedro e como o Evangelho de Marcos 1.16-20 a registra, Gnilka fala em três traços, no presente trabalho irei mencionar o primeiro, ele diz o seguinte:

“Em primeiro lugar, trata-se da iniciativa autorizada de Jesus. Quando Ele caminhava junto “mar da galileia” seu olhar seletivo caiu sobre Simão e André. Seu apelo soa-lhe como uma ordem: “Vinde cá, segui-me!”. O próprio Jesus vai em busca de seus discípulos, e não o contrário. Enquanto no tirocínio rabínico o aluno escolhia seu mestre, certamente aquele de quem ele esperava aproveitar-se ao máximo, no discipulado de Jesus o Mestre vai ao encontro do discípulo”. (GNILKA, 2006. p.39)

Pedro responde o chamado de Jesus de forma incondicional, pois isto é a exigência do chamado, da mesma sorte, como Elias chamou a Eliseu e este deixou o seu trabalho e seguiu o profeta. Pedro deixa seu trabalho de pescador e se torna agora um pescador de homens.

Fazendo uma síntese da vida deste apóstolo o site: a Bíblia.org traz as seguintes informações:

“O seu nome verdadeiro e original era Simão, que aparece às vezes como Simeão. (Atos 15,14; 2 Pedro 1,1). Ele era o filho de Jonas (Johannes) e nasceu em Betsaida (João 1,42, 44), uma cidade ao lado do Lago de Genesaré, posição de que não pode ser estabelecida com certeza, mas que normalmente se diz que fica no extremo norte do lago. O Apóstolo André era seu irmão, e o apóstolo Filipe veio da mesma cidade. Simão Pedro se estabeleceu em Cafarnaum, onde vivia com sua sogra (Mateus 8,14, Lucas 4,38). De acordo com Clemente de Alexandria Pedro era casado e tinha filhos (Stromata, III, VI, ed. Dindorf, II, 276). O mesmo escritor diz que de acordo com à tradição a mulher de Pedro sofreu o martírio (ibid., VII, xi ed. Cit., III, 306). (disponível em http://www.abiblia.org/ver.php?id=1546 acessado em 30 de outubro de 2019)”.

‘Tendo considerado isto. Passemos agora a tecer algumas considerações sobre o local e a data numa perspectiva ortodoxa, todavia, também mencionando a perspectiva não ortodoxa.

 

por Rev. Jaziel C. Cunha