PASTORAL 2003
28 de junho de 2017
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28 de junho de 2017
PASTORAL 2006

UMA POSIÇÃO. UM DESAFIO

(Pastoral 2006)

Rev. José Paulo Brocco

 

Quando o povo de Israel, depois de peregrinar quarenta anos, atravessa o Jordão, toma doze pedras. Josué diz à nação a razão desse ato. “Quando, no futuro, vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras?, fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão. Porque o Senhor, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor, vosso Deus, fez ao mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passamos. Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte, a fim de que temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias.” (Js 4.21-24).

A história da nação de Israel adverte-nos que os pais, inúmeras vezes, deixaram de transmitir a seus filhos os grandes feitos do Senhor. Talvez os filhos, de gerações posteriores, olhassem aquelas pedras, não só não saberiam o que significavam, e nem os seus pais, pois não haviam tomado conhecimento daquele memorial. Aquelas pedras não estavam ali apenas por estarem, eram um memorial dos grandes feitos do Senhor a favor de Israel.

As gerações passam e, com elas, a história pode ser relembrada ou cair em esquecimento.

RELEMBRANDO UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA

Sessenta e seis anos são passados desde que os nossos primeiros líderes tomaram, firmemente, a decisão de hastear a bandeira da Igreja Presbiteriana Conservadora, primeiramente em São Paulo, depois, em nosso país. Irmãos que, movidos pelo princípio da fidelidade, zelo e amor à Palavra de Deus, firmaram uma posição ortodoxa e lançaram um desafio à novel Igreja que surgia em nossa nação.

No discurso de instalação da Igreja Presbiteriana Conservadora de São Paulo, na noite de 11 de fevereiro de 1940, o Dr Flamínio Fávero proferiu um discurso, no qual fez a seguinte declaração: “Quando a extinta 2ª Igreja Presbiteriana Independente de S. Paulo levantou, na denominação de que fazia parte, a questão doutrinária, o fez premida pela necessidade de agir como lhe competia, para exortar e dar o seu testemunho. Cumpriu seu dever. Não se arrepende disso, ó nunca! Voltasse o tempo as suas rodas por dois anos, como o relógio de Acaz voltou 40 minutos, e, mantida a desoladora experiência que todas as desilusões firmaram, ela faria ainda o que fez.”

No Manifesto lemos “Assim sendo, queremos que a nossa posição no seio do Evangelismo Nacional se caracterize por uma atitude construtiva e de defesa aos princípios fundamentais do Cristianismo, tais como entendem a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster (tradução brasileira). Pregando ardorosamente o Evangelho de Cristo aos pecadores, como sendo este Evangelho (a doutrina) o único meio de conduzir os homens a Cristo – o Salvador, cerraremos fileiras em torno da ortodoxia e montaremos guarda, sempre alerta, à sua conservação integral. Por isso queremos ser chamados presbiterianos conservadores.”

Lemos, na primeira pastoral, aprovada na primeira reunião do Presbitério Conservador: “A Igreja Presbiteriana Conservadora tem alguma coisa própria, específica a realizar, no seio do evangelismo nacional. E há de fazê-lo, com o máximo rigor, sejam muitos ou poucos os seus membros, muitas ou poucas as suas igrejas locais. Se precisar, para viver, de afrouxar doutrinas, de suplicar lamurienta que os crentes permaneçam em sua grei, ou de tolerar dúvidas e titubeações, abrirá mão da própria existência e enrolará a bandeira que ora tremula, vencedora, no alto dos seus torrões de ideal e fé!”

A organização da Igreja deu-se às 20 horas do dia 27 de junho de 1940, no templo da Igreja Presbiteriana Conservadora de São Paulo, depois do culto público dirigido pelo Rev. Bento Ferraz, pastor da referida igreja. Foi lido o seguinte abaixo-assinado, como resolução fundamental: “Os abaixo-assinados, ministros do Evangelho, pastores das Igrejas Presbiterianas Conservadoras de São Paulo (capital), Jacarézinho (Paraná), Jaú, Iacanga, Soturna, Cambará, Glicério, Braúna, Pedra Branca e Lauro Penteado (Estado de São Paulo) e Pádua Dias (Minas Gerais), e os presbíteros eleitos pelos respectivos conselhos para esta solenidade, reunidos no templo da primeira daquelas corporações à Rua 13 de Maio, 830, em São Paulo, no dia 27 de junho de 1940, às 20 horas, declarando fundada a IGREJA PRESBITERIANA CONSERVADORA DO BRASIL, desde o dia 11 de fevereiro de 1940.”

Em janeiro de 1964, o Presbitério Conservador reuniu-se pela última vez e, em janeiro de 1965 seria organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil. “Aos vinte dias de janeiro de 1964, com o encerramento do culto, encerrava-se também o Presbitério Conservador. Foram vinte e cinco anos de muitas lutas; e certamente, de muitas vitórias. A Igreja manteve-se firme nos princípios doutrinários e lutou continuamente na defesa dos propósitos da Plataforma. O Rev. Armando Pinto de Oliveira, um dos fundadores e líderes do movimento conservador, assim se expressou: “Pela graça de Deus chega a Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil ao final do seu vigésimo quinto ano de sua existência. Sua história vem sendo marcada por sinais iniludíveis de que a atitude desassombrada de seus 67 heróicos fundadores, em 11 de fevereiro de 1940 recebeu o selo da aprovação divina. Conseguiu a Igreja, em sua vida, na capital do Estado de São Paulo, considerável aumento de números de membros, consolidou a sua existência nos quatro estados da Federação Brasileira, a saber: S. Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná e assegurou a preparação do seu ministério, estabelecendo em sede própria, no bairro denominado Riacho Grande, na cidade de S. Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, o Seminário Presbiteriano Conservador. O seu órgão de imprensa “O Presbiteriano Conservador” vem sendo publicado com relativa regularidade desde 08 de março de 1940, e tem granjeado simpatia e respeito dentro e fora da Pátria. Em regozijo pelo seu Jubileu de Prata, se organiza hoje o seu primeiro Sínodo”.

Na Pastoral de 1983 lemos: “Jamais devemos perder de vista nossa origem. Somos uma igreja que surgiu no seio do evangelismo nacional em função de uma causa: a da ortodoxia. Temos a denominação de “crentes presbiterianos conservadores”. O primeiro adjetivo nos qualifica como membros da grande família dos que foram redimidos pelo sangue do Senhor Jesus Cristo e a Ele procuram seguir. O segundo nos coloca ao lado daqueles que têm a Fé Reformada, que professam o Calvinismo como sistema e modo de interpretação das Escrituras Sagradas. O terceiro, por sua vez, identifica a nossa mística, a de sermos uma igreja rigorosamente ortodoxa.”

Em 1990 a Igreja completou o cinqüentenário de sua organização. Nessa oportunidade prestamos um culto em gratidão a Deus pela existência da nossa denominação. O tema da mensagem, nesse momento histórico, foi “50 Anos Depois: Na Trilha de Nossos Pais.” Foi uma mensagem que relembrou a luta dos nossos pais e nos desafiou a permanecermos firmes nos mesmos ideais conservadores que deram origem à nossa amada denominação.

Na Pastoral de 2000 destacamos as seguintes palavras de exortação e advertência quanto a nos mantermos firmes em nossa posição bíblica: “Estamos às portas do Século XXI e a Igreja de Cristo, por toda a face da terra, vem sofrendo grande pressão para que inovações sejam introduzidas. Alguém já disse que nos anos passados a prática da Igreja Reformada era praticamente uniforme em todas as partes do mundo, o que infelizmente já não se tem observado mais. Em nosso país, era possível identificar uma igreja por sua teologia, prática, liturgia, etc.. Hoje, as igrejas têm se tornado cada vez mais iguais e isto não tem acontecido como fruto de amadurecimento ou avivamento, mas por imitação daquilo que grupos religiosos modernos têm praticado e que supostamente tem trazido a eles sucesso. Temos visto igrejas perdendo sua identidade na busca deste falso sucesso. A Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil não pode se deixar levar por esses modismos, não pode ceder às pressões. É preciso manter seus marcos antigos bem firmados, mesmo diante de tantas pressões, sejam elas externas ou até mesmo internas. Já temos tantas igrejas iguais, por que teríamos mais uma? Como diz nossa última pastoral, o momento não é de cavar novos poços à procura de água nova, mas é tempo de tirarmos os entulhos dos antigos e bebermos da antiga água.”

UMA POSIÇÃO

A posição que os fundadores da nossa Igreja tomaram foi a de conservarem-se fiéis à Palavra de Deus, a despeito de todas as investidas para abrirem mão da posição bíblica. A decisão de se desligarem da Igreja Independente não foi tomada sem profunda reflexão e exaustivas reuniões para se tentar resolver a questão doutrinária.

Naquela ocasião o debate foi de natureza doutrinária. Hoje, não é apenas doutrina, mas também liturgia e práticas que são opostas totalmente aos sagrados ensinamentos da Palavra de Deus. Louvamos ao Senhor, pois Ele nos tem dado oportunidades para realizarmos nossos encontros de líderes, quando estudamos e debatemos vários temas e, depois, firmamos nossa posição.

Além de não abrirmos mão da posição dos nossos pais, precisamos, hoje, também estar atentos, pois as investidas e as pressões que sofremos, por causa das influências dos modismos, sejam eles teológicos, litúrgicos ou de práticas contrárias aos ensinamentos divinos são constantes e, muitas vezes, difíceis de serem vencidos.

Como nos mantermos firmes em nossa posição bíblica? Eis algumas sugestões:

  1. Unidade Doutrinária

Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro.” (1Tm 6.3-5)

O primeiro concílio da Igreja neotestamentária ocorreu devido ao surgimento de um problema de doutrina. Apesar de ter havido um intenso debate, os líderes da Igreja, naquela oportunidade, chegaram a um só parecer.

É muito importante não nos esquecermos do valor da unidade doutrinária. Foi ela que moveu nossos primeiros líderes a batalharem firmemente “pela fé de uma vez por todas confiada aos santos.” (Jd 3 NVI).

Hoje, não são poucos os problemas doutrinários que temos de enfrentar. O liberalismo teológico tenta tirar a autoridade das Escrituras Sagradas como Palavra de Deus. Em razão da sua influência, doutrinas como a inspiração e infalibilidade das Escrituras Sagradas são negadas.

Os nossos encontros de líderes têm nos possibilitado a oportunidade para estudar e firmarmos posição sobre temas, como a legitimidade da celebração de casamentos mistos, ministério eficaz e a necessidade de um ensino programado na igreja, sobre a questão dos que morrem na infância, como e quando receber novos membros, vocação ministerial, prioridades no ministério, liturgia. Em nosso último encontro tratamos sobre homilética. Não temos tido, pela graça de Deus, a necessidade de debatermos temas doutrinários e, isso, pela formação bíblico-teológica que recebemos em nosso Seminário. Esperamos, confiantemente em Deus, que não haja tal necessidade em nosso meio, todavia, se porventura houver, que o nosso espírito seja o mesmo que houve em nossos irmãos por ocasião do primeiro concílio da Igreja, em Jerusalém.

Cremos que esses encontros têm sido de grande valia para todos quantos deles participaram, pois não apenas tem a oportunidade de uma atualização, como também, desfrutar da companhia e confraternização cristã.

  1. Fidelidade ministerial

“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (1Co 4.2).

É preciso haver fidelidade ministerial na pregação da Palavra de Deus, na celebração da Ceia do Senhor e no exercício fiel da disciplina. Todos nós, oficiais e membros, fazemos nossos votos e compromissos com Deus e, às vezes, nos esquecemos dos mesmos. Fazemos votos que implicam em fidelidade, tais como, por ocasião da formatura no curso de bacharel em teologia, quando dizemos “comprometo-me a ser um servo fiel da Palavra de Deus e a prosseguir no estudo da mesma e nos estudos teológicos e a depor aos pés de Jesus Cristo, meu Deus e meu Salvador, e ao serviço da Sua Igreja, todas as conquistas do saber que me forem concedidas pela munificência divina.”; ou, quando, somos investidos na qualidade de presbíteros docente ou regente, nos comprometemos a ser fiéis no exercício do ofício e das funções e, “se no exercício de minhas funções vier a ter dúvidas quanto à inspiração da Bíblia na sua integridade e aos símbolos doutrinais desta Igreja, ou aos seus princípios e práticas, deixarei espontaneamente o meu cargo.”

Além da nossa fidelidade à Palavra de Deus, também precisamos ser féis uns para com os outros. Não deve haver em nós nada que nos separe uns dos outros, do nosso objetivo, que é o de continuar a obra da nossa Igreja, iniciada há 66 anos. Diferenças existem e são necessárias; divergências, às vezes, também são necessárias. Todavia, nem diferenças nem divergências devem quebrar a fidelidade que deve existir entre todos nós. Paulo e Barnabé tiveram divergências por causa de Marcos. Paulo e Pedro tiveram um grande desentendimento. Todavia, não ficou nenhuma raiz de amargura e, sim, um amor cristão. Paulo reconhece que Marcos era útil para o ministério (2Tm 4.11) e Pedro chama Paulo de “o nosso amado irmão” (2Pe 3.15). Jamais podemos nos esquecer que estamos “lutando juntos pela fé evangélica.” (Fl 1.27)

A fidelidade de uns para com os outros nos leva a agradecer a Deus pela vida daqueles amados irmãos que já partiram para estar com Deus, daqueles que hoje desfrutam da merecida jubilação, os quais batalharam firmemente pelo crescimento e firmeza doutrinária, dentro das condições e possibilidades que lhes foram dadas, e também por nós que, hoje, estamos batalhando “pela fé uma vez todas entregue aos santos.”

Amados, o companheirismo entre nós é fundamental para levarmos avante o estandarte da nossa Igreja.

UM DESAFIO

O Manifesto encerrou com essas palavras “Não é nosso propósito provocar adesões. Nossa aspiração limita-se a encontrar, para nós, um lugar em que possamos ser úteis à causa de Cristo no Brasil, sem sacrifício de nossa tranqüilidade espiritual e sem transigir quanto aos princípios que norteiam nossa posição doutrinária. Nosso número é limitadíssimo. Contentar-nos-emos, apesar disso, com o crescimento paulatino que corresponder aos frutos da nossa pregação. Se for do agrado de nosso Pai Celestial que assim fiquemos, limitados ao nosso número atual e à modéstia dos nossos recursos de toda ordem, assim ficaremos, felizes e tranqüilos, aguardando o raiar do “Novo Dia”. Se, porem, adesões aparecerem de pessoas sinceramente desejosas de caminhar conosco nesta jornada, nós as receberemos jubilosos e incluiremos os nomes dos novos companheiros no rol desta Igreja local, até que o número e a natureza das adesões autorizem a criação do Presbitério Conservador.”

A primeira pastoral enfatizou bem o desafio quanto ao crescimento numérico da nova Igreja. “Ide, pois, e fazei discípulos… A vossa atividade, irmãos queridos, deve caracterizar-se por um vivo espírito missionário. A Igreja Conservadora quer ser pujante e forte, nos alicerces de sua ortodoxia inabalável. Para esse desideratum ser atingido, fugi ao mal do proselitismo. Crescer pela admissão de membros de outras denominações, obtidos pela propaganda dos nossos princípios, não nos satisfaz inteiramente. É o que em História Natural se chama de crescimento por aposição, de fora para dentro. O que deveis aspirar é o crescimento de dentro para fora, ou seja, por intussuscepção. Este é dos seres vivos, enquanto que aquele é dos minerais. A igreja Conservadora surgiu para ser uma Igreja viva. Para isso são necessárias  conversões de elementos estranhos ao meio evangélico, tocados pela graça de Deus, mediante a instrumentalidade do trabalho missionário.” Essas palavras mostram claramente que a Igreja, desde o seu começo, sempre teve o desejo de crescimento. Crescemos, naquela época, por adesão; mas crescemos também através da evangelização. O empenho dos nossos primeiros líderes foi para que a Igreja crescesse por meio da pregação fiel das Escrituras.

O desafio do crescimento numérico continua. Não vamos estabelecer números; todavia, se nos envolvermos mais ainda na obra da evangelização, continuarmos fiéis aos princípios e práticas bíblicas, mantendo-nos unidos na doutrina e na fidelidade ministerial, se pregarmos firme e ousadamente “todo o desígnio de Deus” (At 20.27), certamente que Deus nos dará o crescimento. Não queremos mega igrejas, mas também não podemos nos contentar com igrejas pequenas. Temos todos os recursos necessários para expandir, recursos que Deus, na Sua graça e providência, nos tem dado durante toda a nossa história.

Erramos, ao pensar que a Igreja Conservadora não tinha visão e ardor pela evangelização, pela obra missionária. No início de sua história, várias igrejas foram organizadas fruto do trabalho evangelístico das igrejas locais.

Amados, temos diante de nós um desafio: ir e pregar o evangelho a toda criatura. Nunca foi fácil pregar a Palavra de Deus. Não devemos nos amoldar à esta geração, mas não devemos nos intimidar diante das dificuldades. A nossa oração deve ser a mesma dos nossos irmãos que, quando impedidos de pregar as boas novas do evangelho, oraram assim: “Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra.” (At 4.29).

CONCLUSÃO

A batalha pela defesa das doutrinas bíblicas continua. Os falsos mestres estão por todos os lados, expondo suas heresias. J. I. Packer, em seu livro A Redescoberta da Santidade, diz: “As três grandes mentiras de nossa cultura são: 1) que a auto-satisfação é o grande alvo da vida; 2) que é ruim para você bloquear os seus fortes desejos; 3) que é aceitável qualquer comportamento com o qual você se sente confortável.” (pg 224).

John Benton, em seu livro Cristãos em uma Sociedade de Consumo, escreveu: “Somos paradoxalmente contra a sociedade, para o bem da sociedade.” (pg 43)

Como, então, enfrentarmos as mentiras do nosso século? Da mesma forma que nossos líderes enfrentaram a questão doutrinária. Abrindo mão de tudo quanto compromete a nossa fidelidade a Deus para não abrirmos mão dos princípios das Escrituras Sagradas.

“Quando, no futuro, vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? Fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão. Porque o Senhor, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor, vosso Deus, fez ao Mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passemos. Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte, a fim de que temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias.”

Amados, 66 anos são passados. Se nos perguntarem “por que somos presbiterianos conservadores?” Respondamos, com firmeza e alegria: Somos um ramo legítimo da Igreja de Cristo, temos nossos símbolos de fé. Cremos e aceitamos as doutrinas contidas no Credo Apostólico, na inspiração da Palavra de Deus na sua integridade como única regra de fé e prática, na Divindade de Jesus, na salvação só por meio de Cristo, na imortalidade da alma, no castigo eterno dos ímpios; e, além desses princípios doutrinários, na pregação fiel da Palavra de Deus, na celebração permanente das ordenanças cristãs e num padrão de vida moral mantido pelo exercício da disciplina bíblica. (C.Ordem Art. 6º)

Temos, portanto, uma posição e um desafio. Cabe-nos o privilégio de continuarmos batalhando “pela fé de uma vez por todas entregue aos santos.”

Assim Deus nos ajude.