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Mudança de Hábito (5)

“O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade” (Ef. 4.28).

Embora Paulo não cite diretamente, o oitavo mandamento diz: “Não furtarás” (Êx 20.15). Furtar é apropriar-se, indevidamente, de um bem alheio. John Stott diz a respeito desse mandamento: “Tinha, e ainda tem uma ampla aplicação, não somente com respeito a furtar o dinheiro ou os bens de outras pessoas, mas também com respeito à sonegação de impostos e a truques com a alfândega que roubam do governo aquilo que lhe é devido; aplica-se ainda aos empregadores que oprimem os trabalhadores, e aos empregados que fazem serviço inferior ou que não trabalham todas as horas devidas”.

O hábito de furtar é pecaminoso e, por conseguinte, não agrada a Deus em nenhuma situação. Por isso, a instrução bíblica é que esse hábito deve ser substituído por outro: “antes trabalhe”. O trabalho é uma bênção na vida do homem. Os bens ganhos com o trabalho legítimo dão ao homem a tranquilidade em sua mente e segurança em sua vida. É interessante o argumento do apóstolo, quando diz: “fazendo algo útil com as mãos”. A ideia é que o homem deve prover o seu sustento e o de sua família através do seu trabalho. E, além disso, “para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade”. O pensamento é que, trabalhando para prover o sustento pessoal e da família, o homem também terá recursos para ajudar a quem estiver passando por necessidade.

Aquele que furta pode ser considerado como um parasita da sociedade. Pense no seguinte: o homem trabalha o mês todo, recebe o seu salário e alguém furta dele todo o seu ganho. Somente aqueles que são parasitas é que fazem isso. Causa enormes prejuízos ao trabalhador e à sociedade.

Paulo está dizendo aos seus leitores: “O que furtava não furte mais; antes trabalhe”. Essa mudança de hábito ocorre quando a graça de Deus, aplicada no coração do pecador pelo Espírito Santo, transforma essa vida. Embora Zaqueu não esteja dizendo que furtou, transformado pela graça de Deus, ele diz: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais” (Lc 19.8).

Como um cristão furta a Deus? Não sendo fiel na entrega do seu dízimo ao Senhor. “Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: Como é que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas” (Ml 3.8); não contribuindo conforme Deus propõe no coração. “Cada um dê conforme Deus determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.” (2Co 9.7). Considere o princípio de Provérbios 11.24 que diz: “Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza”.

Mudança de hábito! Abandone o pecado de furtar e comece a praticar o que é bíblico, isto é, trabalhe para o seu sustento e também para atender aqueles que tiverem necessidade. Mudança de hábito! Uma graça de Deus operada na vida de um pecador.

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. José Paulo Brocco