“Deixando a ira de lado”

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“Deixando a ira de lado”
“Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” (Col. 3.8-10)

Já percebeu que pessoas iradas costumam justificar suas atitudes furiosas e destrutivas, dizendo: “Eu sou assim mesmo. Deus me fez assim!”? Essa é uma realidade muito comum, inclusive entre pessoas que se consideram cristãs. A questão para nós nesse dia é se tal atitude também tem a ver conosco.

Essa é uma pergunta importante; pois, com ela, outra pergunta surge: será que alguém que assim se justifica é cristã de verdade? Talvez, ao olhar para si, sua resposta seja um sonoro SIM! E, pra ser sincero, acredito que de fato tal realidade seja uma possibilidade; mas uma possibilidade somente, até que o conhecimento bíblico seja adquirido. A exemplo do que Paulo apresenta em Colossenses 3.5, quando diz: “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês”. A ordem do apóstolo é para que os crentes devam matar TUDO o que faz parte da natureza carnal, ou seja, TUDO aquilo que costumavam fazer antes da conversão. Tudo o que está contrário à vontade de Deus deve ser eliminado da vida.

Continuando sua exortação, nos versos 8 a 10 do mesmo capítulo de Colossenses, ele diz: “Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual”. Note que a lista entregue por Paulo, com parte de TODAS as coisas, que fazem parte da velha natureza e, que devem ser abandonadas pelos cristãos é iniciada com a “IRA”.

Isso significa que se somos cristãos verdadeiros, já despidos do velho homem com suas antigas práticas não podemos mais justificar nosso pecado de ira dizendo: “Eu sou assim mesmo. Deus me fez assim!”; pois, se “estamos sendo renovados em conhecimento, à imagem do nosso Criador” não somos mais o que costumávamos ser e não podemos mais viver como antes. Somos, agora, filhos de Deus e como tal devemos agir!

Como isso é possível?

1º) Precisamos entender que a “ira” é um pecado, e como pecado precisa ser abandonado; 2º) Precisamos desenvolver em nós o domínio próprio exercitando a longanimidade, paciência, mansidão, temperança, etc – fruto do ES (cf. Gl 5.22-23); 3º) Precisamos parar com as desculpas para nossa ira, raiva, etc; e nos arrepender desse nosso pecado; 4º) Precisamos nos lembrar diariamente de que somos cidadãos do Céu e que Deus nos deu o seu Espírito para que sejamos como Ele deseja – pessoas graciosas, pacíficas e amáveis; 5º) Precisamos clamar, diariamente, pela ajuda de Jesus Cristo; pois reconhecemos quão difícil é essa nossa tarefa.

Se assim fizermos, é certo que nosso Senhor nos ajudará a alcançarmos o alto padrão que de nós é requerido. Ele nos ajudará a sermos mais pacientes, a ouvir o que as pessoas querem nos falar. Ele nos ajudará a falar somente o que edifica e que honra a Deus. Ele nos ajudará a respeitarmos a todos, inclusive aqueles que discordam de nós. Ele nos ajudará a desejarmos e a trabalharmos para encontrar uma “solução” para cada conflito que surgir, em vez de uma falsa “vitória”. Por fim, Ele nos ajudará a sermos cristãos abençoados, cristãos que atraem e enriquecem as pessoas em vez de afastá-las e machucá-las. Portanto, paremos com nossas desculpas e abracemos a nova pessoa que somos em Cristo. Amém!

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. Roney Pascoto