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“Com Cristo, em Cristo e nada mais”
“Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças”. (Colossenses 2.6-7).

É possível que em toda a história da igreja cristã nunca se viu um cristianismo tão superficial como o encontrado em nosso século. Embora seja crescente o número de pessoas que declaram fé em Cristo Jesus e que se filiam a uma igreja, talvez nunca, nunca antes foram encontrados tantos cristãos ateus como hoje (por cristãos ateus quero dizer aqueles que, apesar de crerem na existência de Cristo, vivem totalmente alheios a sua Palavra). Um exemplo dessa superficialidade está no elevado número de “cristãos” que fundamentam sua fé em jargões, rapidamente aprendidos e usados como mantra, tais como: “Deus é amor”, “eu sou precioso para Deus”, “Deus vai honrar sua vida”, “Eu profetizo”, “Toma posse da bênção”, “Eu determino”, “Eu declaro”, e etc. Sem perceberem que jargões como esses, não apenas resultam numa falsa crença de que os homens são “bons para Deus”, como os levam a uma audaciosa e arrogante forma de se dirigir ao Soberano Criador. Assim, esses cristãos, ainda que tenham realmente confiado em Cristo, e se tornado filhos de Deus, vivem enganados na superficialidade da sua crença, e desprezando a centralidade e a suficiência da fé em Cristo Jesus não crescerão espiritualmente, ignorando o conselho do apóstolo Pedro: “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1Pe. 2.2).

Não nos enganemos, antes, entendamos que quando abraçamos a fé cristã e reconhecemos Jesus como nosso “Senhor e Salvador”, não apenas declaramos que cremos na sua existência, mas que Ele é nosso mestre, nosso governante, nosso guia, e que somos seu povo de propriedade exclusiva (cf. 1Pe. 1.9).

Assim sendo, se Ele é o nosso Senhor, devemos segui-lo como discípulos, não podendo viver alheio à sua Palavra. Precisamos desenvolver mais a autodisciplina com vista à santificação. Precisamos nos encher com o Espírito Santo e nos despirmos do velho homem. Isso significa construir nossas vidas na centralidade de Cristo.
Como fazemos isso?

1º) Aprendendo a falar com Deus em oração, em vez de simplesmente expor nossos pedidos, problemas e lamentações de forma repetitiva e fria; 2º) Meditar diariamente na Palavra de Deus, como alguém faminto que se assenta a uma mesa farta e saudável para se se alimentar; 3º) Esforçando-nos por viver a Palavra de Deus como regra de fé e prática; como lâmpada para os nossos pés e, luz para os nossos caminhos; 4º) Consagrando-nos mais a Jesus e aproveitando todas as oportunidade que nos levem a um maior crescimento na graça e na verdade; 5º) Reconhecendo quão abençoados somos, a fim de crescermos em ações de graças.

Portanto, não nos contentemos com a fé superficial; não sejamos parte da triste “estatística de cristãos ateus”. Pois, fomos salvos de forma graciosa e maravilhosa; fomos salvos para algo muito maior. O Senhor nos chama a um relacionamento profundo, transformador e eterno consigo. Ele promete estar conosco em todo momento, até à consumação dos séculos, e não apenas quando nos reunimos aos finais de semana na para cultuá-lo. Enfim, como nos exorta o apóstolo Paulo: “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças” (Col. 2.6,7).

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. Roney Pascoto