Amor Incondicional (Lucas 15.11-32)

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Amor Incondicional (Lucas 15.11-32)

“Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado…”Verso 24.

Certa vez, ouvi um pai exclamando: Não existe ex-pai, assim como não existe ex-filho! A parábola em questão nos apresenta três personagens, onde cada um assume um papel distinto, conforme observaremos.

Esta parábola compõe uma sequência onde Cristo se propõe a defender o amor de Deus pelo perdido. Neste particular, o cenário é uma propriedade rural, e ao que tudo indica, esta pertencia a uma família próspera.

A ilustração afirma que eram dois irmãos, sendo que o mais novo não tinha muito “a cabeça no lugar”, a ponto de romper com a sua família, quando resolve pedir o adiantamento da partilha dos bens, para viver “sua própria vida”. Que vida?! O fato é que o texto não apresenta qualquer tentativa por parte do pai no sentido de dissuadir o rapaz daquela ideia, o que indica uma postura firme por parte do moço. Pronto, ele já tem em mãos a sua parte e agora é “livre” para viver como quiser. No verso 13 está registrado que: “Passando não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente”. O quadro descreve nitidamente uma pessoa sem foco. E como os recursos naturais são finitos, agora ele se vê sem nada e vivendo na pior das condições, como vemos no verso 16: “Ali, desejava ele farta-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada”.

No meio daquele cenário caótico finalmente bate a lucidez: “Então, caindo em si”, isso está no verso 17. Talvez este indivíduo comece a travar a partir de agora a maior de todas as lutas com o seu “EU”, tendo que engolir o orgulho, voltar e dizer que só tinha feito bobagens, mas que gostaria de uma chance para provar que tinha mudado e, que como prova da sua mudança não queria nem ser tratado como filho, mas apenas com a mesma dignidade com que os empregados eram tratados.

Lembram que compartilhei com vocês que certa feita ouvi um pai afirmar que não existe ex-pai? No verso 20 lemos: “Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou”. Isto nos faz voltar para o verso 7: “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende…”. Nada de desprezo ou jogar tudo na cara! Mas, beijo e abraço, pois a consciência foi retomada, a tristeza e o sofrimento seriam uma página virada naquela casa, certo? Não! O pai tem agora de lidar com o sentimento do filho mais velho: “…ao aproximar-se da casa, ouvindo a música e as danças”, o verso 25 mostra isso. No verso 28 vemos: “E indignou-se e não queria entrar”. O pai deixa claro que não haveria prejuízos para o irmão mais velho, e que ele deveria também festejar: “Porque este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”, verso 32.

Pois bem, vimos que o filho voltou ao Pai. E esta volva consiste mudança de atitude: A) Arrependimento, B) Confissão, C) Entrega total, D) Conversão. Já por parte do pai vimos: A) Aguardou-o, B) Compadeceu-se, C) Abraçou-o e o beijou, D) Proveu, E) Restabeleceu a comunhão.

O ensino central do texto é que Deus em Seu amor é compassivo e que está sempre de braços abertos para o pecador arrependido por meio do Seu bendito filho Jesus Cristo. Você já teve os seus pecados perdoados? Está em comunhão com o Pai? Estaria por ventura precisando voltar para a casa do Pai?

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. Givaldo Santana (Pastor na IPC de Birigui – SP e Pedrinha Paulista – SP)