“A Justiça de Deus”

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“A Justiça de Deus”

Para que o contexto da justiça possa existir tem que haver uma demanda por trás. Exemplificando isto da seguinte forma: Se existe um crime e não há punição as pessoas dizem: Onde está a justiça? Ou então, se alguém faz uma coisa considerada boa pela sociedade e não tem a devida recompensa, gera-se um sentimento de falta de justiça para com aquela pessoa.

As Escrituras dizem que a justiça de Deus se revela no evangelho… Surge a pergunta justiça pra quem? Há alguma divida? Sim! Existe uma dívida por parte do homem a Deus. O homem como vice gerente da criação quando pecou tomou partido ao lado do tentador se rebelou contra Deus. Deus na sua graça estabelece a antítese entre as duas sementes que seriam oriundas da mulher: Eleitos e reprovados.

Entretanto, ambas procedem de uma mesma massa caída, podre e rebelde. Mesmo sendo uma semente eleita estão em debito com Deus. Então o que poderia ser feito para resolver a aporia? Como o Senhor Deus poderia resolver isto?

O Senhor Jesus Encarnado é a solução de Deus para os eleitos! Ele é o novo Adão. Ele se encarnaria, Ele representaria os eleitos de Deus. Entretanto, temos duas questões a serem resolvidas: 1º) Os eleitos têm culpa diante de Deus; 2º) os eleitos não tem como se tornarem justos diante de Deus

Sobre a primeira questão as Escrituras apresentam a seguinte resolução:“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2ª Coríntio. 5.21)

O Senhor Jesus não conheceu pecado, todavia, fora feito pecado por nós! Como se deu isto? As Escrituras dizem: “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”. (Colossenses 2.13-15)

O Senhor Jesus levou sobre si o inferno que meus pecados merecem. Minhas transgressões que estavam escritas diante de Deus foram canceladas e removidas.

Sobre a segunda questão, as Escrituras afirmam: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3. 21-26), (propiciação: afastamento da ira)

Como poderíamos ter justiça? Se somos filhos de Adão e herdamos culpa e corrupção? Apesar de termos como representante Adão, temos também a Cristo como nosso Cabeça. Cristo adquiriu a justiça para seu povo. As Escrituras dizem: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Efésios 5.25-27)

Os eleitos são purificados, seus pecados foram cancelados e removidos.
Segue-se depois disto a seguinte verdade: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Romanos 1.17)

A justiça de Deus se revelou no evangelho, tanto no seu aspecto punitivo quanto no seu aspecto gracioso. Em Cristo, Deus derramou sua ira, de sorte, que sua justiça fora satisfeita e por causa da obediência de Cristo à Lei posso ter o aspecto gracioso da justiça que fora transferido a mim. Por isso a Escritura diz que tenho paz com Deus (Rm 5.1).

Por isso, é que o justo vive pela fé. Fé naquilo que Cristo fez!

Rev. Jaziel Cunha – Pastor pelo Dep. Missionário na Grande Recife