PASTORAL 1968
28 de junho de 2017
PASTORAL 1974
28 de junho de 2017
PASTORAL 1971

PASTORAL 1971

Mais uma etapa acaba de ser vencida em nossa jornada eclesiástica.

Olhando para trás só nos cumpre afirmar: “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Não fôra o Senhor, não tivesse Ele abençoado a nossa Igreja, chegaríamos ao presente em condições toa lisonjeiras e animadoras como se constatou?

Que faríamos pela evangelização pátria, pela pureza do Evangelho e defesa das doutrinas fundamentais, se somos ainda poucos e modestos?

Vencemos, no entanto, porque o Senhor da seara esteve e está ao nosso lado. Foi Ele quem triunfou por nós. Glória ao Senhor.

Queridos irmãos e companheiros da peleja sagrada.

Nós vos apresentamos os mais sinceros aplausos pela vossa fé inquebrantável na Palavra de Deus, que foi “a lâmpada para os vossos pés e luz para os vossos caminhos”,  a vossa única regra de fé e prática, e o alimento suficiente para sustento da vossa vida espiritual; agradecemos a vossa confiança em nós depositada com concílio supremo da Igreja, e a vossa irrestrita solidariedade, entusiasmo e fé nos destinos da comunidade que a 11 de fevereiro de 1940, num gesto de alta significação, desfraldou a bandeira da fidelidade bíblica em oposição ao largo e avassalador liberalismo teológico; agradecemos a vossa generosa contribuição financeira que, de modo incompleto, atendeu às necessidades mais urgentes e inadiáveis, especialmente o sustento do ministério.

Muitas bênçãos recebestes no ano findo. Dos seus inesgotáveis recursos, segundo a grandeza da sua misericórdia, Deus fez cair sobre vós a sua graça, imorredoura e irresistível graça e sentistes em sua plenitude a alegria da salvação. A despeito de todos os obstáculos da hora presente, das angústias que afligem as nações, não vos faltou o pão de cada dia.

Sofrestes também. Muitos de vós lutastes com pobreza, outros com enfermidades, outros com problemas íntimos que eles e Deus conhecem, outros sentiram-se esmagados, não raro, de dor e tristeza por motivos os mais variados, outros cobriram-se de luto e choraram desolados a partida de entes queridos chamados para o descanso eterno, ficando vazios muitos corações, desfalcadas muitas famílias e claros abertos em nossas fileiras.

Tivestes nestes transes dolorosos, e tereis sempre, a nossa integral solidariedade e simpatia. Conforte o Amigo todos os que sofrem: “Não se turbe o vosso coração”. “Não vos deixareis órfãos”, “Eu sou a ressurreição e a vida”.

Amados irmãos. A vossa tarefa não está concluída, antes, amplia-se, estende-se, avoluma-se, agiganta-se.

Cumpre que sustenteis em vossas igrejas e congregações locais, a união, a paz e o progresso em meio a um santo entusiasmo; amplieis a obra urgente e gloriosa da evangelização e conseqüente conquista de almas para o céu. Indispensável o vosso testemunho vibrante e brilhante, que vos transforma em “luz do mundo e sal da terra” e os homens “vendo as vossas boas obras glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” A ordem do Salvador: “Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria”, há de cumprir-se integralmente. O mundo muito poderá fazer em seu próprio benefício, mas esta obra estupenda da pregação da Palavra e do testemunho, só se concretizarão através dos verdadeiros filhos de Deus, entre os quais constituís um batalhão.

Não podeis esquecer a obra no seu aspecto geral. Além dos deveres locais, tereis de cuidar das nossas instituições. O órgão oficial espera o vosso crescente concurso pois deseja ser cada vez mais e melhor o elo de ligação de todo o rebanho conservador.

A obra filantrópica iniciada com o “Fundo da Criança Pobre”, espera que sejais novos e bons samaritanos.

Os estudantes que breve virão substituir os mais velhos e cansados hão de receber as melhores provas de apreço e de simpatia, de amizade e de encorajamento. Assim esteiados, chegarão ao término dos seus estudos e entrarão aptos nas lides ministeriais. Orai por eles para que ao lado de cultura intelectual, formem seu caráter moral e cristão, enriquecidos pelas mais nobres virtudes, de sorte que quando ingressarem no pastorado, sejam  verdadeiros construtores, sob o olhar do Redentor, do Reino de Deus entre os homens. Lembrai-vos de esse jovens hão de ser considerados vossos filhos e vossos irmãos.

E vós, estudantes para o ministério, cultivai a vida de oração. Calejai os joelhos. Amai e estudai o Livro que estará em vossas mãos, diante dos vossos olhos, à vossa cabeceira e acima de tudo em vossos corações. Não abandoneis esse Livro nem o permuteis por nenhum outro. Sêde sóbrios, modestos, bons, pacientes. Usai com criterioso critério os recursos da Igreja. Segui o exemplo de Jesus e dos seus apóstolos.

E o nosso Ministério?  Que espera de vós? Respeito, amizade, consideração, além da vossa fervorosa intercessão junto ao trono da graça de Deus. Difíceis os tempos atuais. Penosa, por vezes, a situação dos obreiros, cujos subsídios estão muito aquém dos mais modestos padrão de vida. Eles estão dispostos a  maiores esforços e a um mais eficiente ministério, desejam ser dignos do asserto bíblico: “Quão formosos são os pés que anunciam a paz”;  por isso sustentai os seus braços e amparai-os dignamente.

Irmãos, não exigimos de vós o que não podeis dar. Contamos, porém, com a vossa contribuição cristã  e evangélica: cada um contribuirá, de fato, segundo as suas reais possibilidades. Isso alegre e espontaneamente. Não vos esqueçais da empolgante narrativa inspirada sobre a viúva que deu tudo o que possuía. Esse quadro vos inspirará em vossas ofertas e dízimos.

Finalmente. Irmãos e irmãs, velhos e moços, ministros, presbíteros, diáconos, e futuros obreiros, unamo-nos em torno da cruz de Cristo, com um só coração, um só ideal, uma só fé, e com zêlo, entusiasmo e ilimitada consagração e fidelidade sem fronteiras, levemos avante a obra que o Senhor houver por bem confiar à nossa querida Igreja. E nessa atitude, nesse espírito, continuemos até o fim. “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Riacho Grande, 23 de janeiro de 1971.  Carlos Pacheco. Izael Lopes. Lívio Rodrigues. Francisco Dias Alves. Moysés Moreira Lopes. Daniel Manoel.  Horace de Paula. Nelson Francisco de Paula. Elias Pereira Dantas. Leônidas Dias. Orlando Venâncio. Izaías Mesquita Júnior. Deuel Carminati. Olivar Alves dos Reis. Antonino José da Silva. Alceu Moreira Pinto. Casemiro Coelho Bomfim. João Alves dos Santos. Carlos Pereira dos Santos. José Venâncio. Paulo de Almeida. Jessé Rodrigues da Silva. Eliseu Freddi. Isaías Cândido de Lima. José Geraldo Góes. Policarpo Ferreira. João Florentino dos Santos. Azôr José Rodrigues. Jeiel Couto. Micael de Souza. Malaquias Constâncio de Lima. Laércio Vieira de Aquino. Nilo Fernandes da Conceição. Jercino Batista Vieira. Horácio Pereira. Paulo Palma. Ozéias Cardoso. José Garcia da Silva.