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Parte 2 de 2

DEVE VIVER A VIDA COMUM DO LAR (VERSO 7)

Pedro usa um verbo aqui “morar, coabitar, viver” este verbo é um particípio com sentido imperativo presente ativo. Pedro estabelece aqui princípios

É uma ordem

Sua prática deve ser continua

O homem é o sujeito responsável pela ação

Este verbo implica em si várias possibilidades de tradução. Que quando são consideradas fala-nos de vários aspectos da vida do homem dentro de seu lar. Kistemaker em seu comentário diz: “Os maridos cristãos devem entender que, se seu casamento é construído sobre uma “fundação de amor”, o relacionamento mútuo entre marido e mulher se desenvolverá” (KISTEMAKER, 2006, p.170) Groningen na monumental obra Criação e Consumação I diz o seguinte:

Deus trouxe a humanidade para sua família real. Ele não lhes concedeu sua deidade, ele os dotou com o privilégio e a responsabilidade de serem co-trabalhadores com ele nas tarefas reais e serem executadas para a interpretação correta dos registros bíblicos com ele nas tarefas reais a serem executadas na criação (GRONINGEN, 2006, p. 85)

Compreendendo isto, o homem deve ter noção de seu papel dentro do seu lar, deve perceber seu papel de vice gerente, o Senhor Deus deu a honra de ele ser:

  1. Provedor e Protetor: Deus quando criou Adão deu-lhe a seguinte ordem “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar”. Gn 2.15. Observem que quando o Senhor castigou o homem, Ele castigou em cima do seu mandato “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida” Gn 3.17. Existem homens que usam de esperteza, transfere para a mulher o papel de provedor do lar. O papel de se fadigar pelo pão é do homem, esta maldição fora dada a ele e não a mulher.
  2. Ter a mulher por companheira: “E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Gn 2. 21-22. Isto aponta para o papel da mulher dentro do lar. Observem que ela não fora tirada nem da cabeça para rivalizar com homem nem de seus pés, pois não é capacho e nem o lugar onde o homem limparia seus pés. Foi tirada de seu lado, ela é sua auxiliadora.
  3. Ter relação sexual com discernimento: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. 1 Ts 4. 3-7 E esta vida íntima deve ser constante: “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência. 1 Co 7. 3…
  4. Amar sua esposa: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Ef. 5.25-28. Deus coloca sobre os maridos e pais a responsabilidade de iniciar, manter, sustentar e desenvolver a relação amorosa entre marido e esposa, entre pais e filhos.
  5. Ser delicado com ela: “Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura” Cl 3.19.

Pedro usa a seguinte expressão “” que foi traduzida “com discernimento, conhecimento” A ideia é que os maridos tratem suas esposas com conhecimento, tato, sensibilidade. Kistemaker em seu comentário diz o seguinte:

Pedro diz aos maridos: “sejam atenciosos ao viver com suas esposas”. Seguem-se duas traduções literais: “habitai com elas de acordo com o conhecimento” (KJV) e “vivei com vossas esposas de modo compreensivo” (NASB). Pelo fato de Pedro dirigir-se a crentes, ele deseja que os homens amem suas esposas de maneira cristã, ou seja, os maridos devem viver com suas esposas de acordo com o conhecimento cristão (comparar com Ef 5.25-33; Cl 3.19). Em seu casamento, devem demonstrar o amor de Jesus, que é revelado nas Escrituras, e assim ter consideração e ser compreensivos. Os maridos devem amar e respeitar suas mulheres de acordo com a Palavra de Deus. (KISTEMAKER, 2006, p. 171)

Um motivo que exemplifica como o homem cristão deve se comportar com sua mulher é: Deve ter consideração pela mulher. Qual a razão de ter consideração? O texto nos responde: Ela é frágil. O feminismo quer que a mulher se retire do lugar que Deus a pôs. E muito homem trata a mulher como se ela pudesse renegar sua natureza. No site vida e saúde em uma matéria intitulada: Doença cardíaca causa mais sofrimento em mulher é dito:

A pressão extra de cuidar da casa e família pode ser um fator determinante que explica por que as mulheres com doenças cardíacas têm uma pior qualidade de vida do que os homens, disseram pesquisadores. “A qualidade de vida das mulheres com doenças cardíacas é significativamente pior do que a dos homens, independentemente de diagnóstico cardíaco, idade, raça, ou perfil de fator de risco cardíaco”, de acordo com a equipe liderada pelo psicólogo Charles F. Emery, da Universidade Estadual de Ohio, em Columbus (Ohio). Aumentos no desconforto físico e sofrimento emocional associados à doença podem afetar pessoas com doenças cardíacas. Uma pesquisa anterior indica que esse sofrimento pesa mais para as mulheres do que para os homens, mas as razões dessa diferença de gênero ainda são desconhecidas. (Disponível em http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI659964-EI1510,00.html Acesso em 17 de maio de 2018)

A constituição da mulher não é feita para aguentar pressão como o homem. A palavra frágil se refere à resistência física, e não a questões intelectuais, morais, de coragem ou de força espiritual. O marido deve carregar os fardos mais pesados, proteger sua esposa e suprir suas necessidades. Van Groningen em seu livro Família da Aliança diz o seguinte: “Deus proíbe maridos e pais, lideres na sociedade, de se tornarem individualistas, egoístas, irresponsáveis; porque, se fomos culpados desses três vícios, abdicamos de nosso papel na família da aliança” (GRONINGEN, 2002, p. 80).

Depois do seu relacionamento com Deus, o relacionamento mais importante não é com sua mãe, pai e amigo, é com sua esposa. Muitos casamentos naufragam porque os cônjuges não priorizam, nos relacionamentos sociais, o relacionamento conjugal. Kistemaker falando ainda sobre a razão dos homens honrarem suas esposas diz o seguinte:

Pedro diz aos maridos: “Tratem-nas com respeito, como cônjuges mais frágeis”. Como os maridos cristãos podem tratar suas esposas com respeito? O marido deve elogiar sua esposa de caráter nobre e chamá-la de bem-aventurada. Assim como o autor de Provérbios, ele honra sua esposa e diz: “Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas” (Pv 31.29). (KISTEMAKER, 2006, p. 171)

O homem precisa compreender o que as Escrituras requerem dele, se de fato ele quer experimentar paz em seu lar. Groningen em seu livro: A família da aliança diz: “Nós repetimos: o macho, o homem, o marido, tem a responsabilidade básica e primária de iniciar a formação da unidade familiar e de manter o vínculo amor/vida que mantém a unidade intacta.” (GRONINGEN, 2002, p. 36)

Existe outro aspecto no trato que o homem deve ter para com sua esposa, tratá-la com dignidade. O cristianismo conferiu o status de dignidade à mulher. A Dra. Maria Ascenção Ferreira Apolônia diz seguinte:

A estabilidade no casamento, conquista que remonta às ideias cristãs da Idade Média, permitiu que pela primeira vez na história a mulher fosse vista legalmente não mais como inferior ao marido, mas como um membro essencial para a família. A instauração do casamento monogâmico trouxe benefício não só para a mulher, mas para os filhos que ganharam a proteção de um lar estável. (Disponível em http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo151.shtml acessado em 17 de maio de 2018)

Pedro diz que o marido deve “dar, conceder, tributar” este verbo é particípio com sentido imperativo presente ativo. A ideia é de estar tributando, concedendo, dando honras e estimas. Conferindo honra à esposa como parte mais delicada.

Qual a razão que o marido deve fazer isto?

  1. As esposas dos crentes são herdeiras da graça da vida. Isto é, do dom gracioso da vida eterna, dado por Deus. Os dois compartilham juntos a graça e Deus. Maridos e mulheres são igualmente herdeiros da graça de Deus. Algo que muitos homens deveriam lembrar é que suas esposas são suas irmãs em Cristo. São templos do Espírito Santo. Quando não a trato com dignidade, não estou tratando com dignidade alguém que possui o Espírito Santo dentro dela.
  2. O marido cristão precisa lembrar que sua esposa é regenerada, espelha e representa Deus no mundo.
  3. Quando o marido não trata com dignidade que diferença ele tem dos ímpios?
  4. Uma boa maneira de tributar honra a sua esposa é reconhecer seu trabalho no lar, com seus filhos, cuidando de tudo.
  5. Tributar honras a esposa é respeitar sexualmente ela. Não querer impor nada que ela não queira fazer.

Por que tenho que dar honras a minha esposa? Pedro dá uma resposta, ele diz “para que não se interrompam as vossas orações”. Kistemaker diz em seu comentário o seguinte:

Pedro leva o versículo 7 a um clímax ao concentrar-se na vida devocional de marido e mulher quando apresentam a Deus suas orações: “Para que nada fique no caminho de suas orações”. Na verdade, essa é uma afirmação delicada na epístola de Pedro, pois o apóstolo indica que está plenamente familiarizado com a vida conjugal; ele fala por experiência própria (ICo 9.5). Quando um marido não vive com sua mulher de acordo com as Escrituras e não a respeita, descobre que não é capaz de orar com ela. Assim também, quando a esposa se recusa a aceitar a autoridade do marido, ela se vê impossibilitada de orar com seu esposo. Deus não aceita as orações que marido e mulher oferecem num ambiente de luta, de briga e discórdia. Ele quer que se reconciliem, para que possam orar juntos em paz e harmonia e, assim, gozar as incontáveis bênçãos divinas. (KISTEMAKER, 2006, p. 172)

Pedro usa um verbo aqui “” serem cortadas, interrompidas. Este verbo é um infinitivo presente passivo. A ideia do verbo é de impedir, dificultar. Isto é imposto sobre nós, ou seja, a voz passiva do verbo mostra-nos que somos vitimados por esta ação. Ela é imposta sobre nós, nossas orações são interrompidas. Quando o marido não vive com sua mulher de acordo com as Escrituras, ele não tem comunhão com a parte do corpo de Cristo que fora dado a ele para ajudá-lo. Deus rejeita as orações que o marido oferece num ambiente de discórdia. A ordem do Senhor é que haja reconciliação. Quando a reconciliação não vem, o caos se instala dentro do lar. Dá pra imaginar quão grande incoerência isto é? Os dois são templo do Espírito Santo, mas, vivem em pé de guerra. Que testemunho triste é dado para o mundo.

Quando o marido trata a esposa indelicadamente; não mostra respeito por ela e não tem nenhum afeto. Quando há brigas, ciúmes e contendas entre eles, não pode haver nenhuma esperança que suas orações sejam aceitáveis a Deus. Um espírito de discussão; irritabilidade e desigualdade de temperamento; olhares severos e palavras indelicadas; uma repugnância para perdoar, ódio, tristeza. Tudo isto demonstra uma falha na observação da vontade de Deus referente ao matrimônio. Para compreendermos a seriedade do assunto temos que compreender que a relação matrimonial serve de figura para nossa relação com Deus. Temos a obrigação de cuidar de nossas esposas em todas as esferas. Kistemaker em seu comentário diz o seguinte:

Se o marido tem consideração por sua esposa, isso significa que ele deve dirigir-lhe uma palavra de correção quando isso for necessário? Sim, de fato. Suponhamos que a esposa aceite uma determinada doutrina que é contrária aos ensinamentos das Escrituras. O marido deve instruí-la “de acordo com o conhecimento” (KJV)? Certamente. Ele é responsável por ajudá-la a entender a mensagem e a aplicação da Palavra de Deus. (KISTEMAKER, 2006, p. 172)

Todavia, se no nosso coração não existir esta disposição para com a nossa esposa, enquanto existir no nosso dia a dia atitudes equivocadas e pecaminosas, nunca haverá uma oração aceitável por parte de Deus. A Oração aceitável diante de Deus nunca pode ser oferecida dentro de um contexto de tempestades de paixões.

O livro de Cantares no cap. 4 versos 1-7 oferece uma base sólida de como o homem deve ver sua esposa e como deve tratá-la. Ele elogia o corpo de sua amada e tem por resposta a disposição da esposa para o ato sexual. Atestando esta descrição que o amado faz de sua amada e da importância que a beleza tinha naquela sociedade, o livro vida cotidiana nos tempos bíblicos traz as seguintes informações:

As mais claras descrições de uma mulher bonita vêm de Cantares de Salomão; mas ainda aqui há alguma dúvida de que a moça esteja sendo descrita com precisão. O poeta usa uma longa série de símiles e metáforas para pintar um quadro mental de seu amor, e às vezes a técnica poética entra na forma da descrição. Os dentes dela são brancos como o rebanho de ovelhas, sem faltar nenhum. Seus lábios são como um fio de escarlate (Cantares 4:2-3). (PACKER; TENNEY e WHITE Vida Cotidiana nos Tempos Bíblicos, 1986, pags. 38-39)

Existe uma verdadeira simetria no formato do corpo do homem e da mulher, há um ajuste de finalidades nos corpos. Quando o Bendito Senhor Deus criou o homem e a mulher, criou-os com o desejo de ter um ao outro. Sem este desejo que o torna uma mulher diferenciada para um homem e vice-versa não teria como se ter a libido. A grande questão que nos é apresentada é o uso errado da libido que as pessoas fazem hoje em dia. Todavia, quando analisado dentro do mandato social, percebe-se o quanto é importante que a libido seja compreendida de forma correta. Uma coisa importante também a ser observada é a temporalidade da beleza, de sorte que além da atração normal que deve haver entre um homem e uma mulher, de sorte que o homem deve também procurar a beleza do caráter numa mulher. Sobre isto, Tim Challies em seu artigo beleza imperecível diz o seguinte:

A atração física tem algum papel no casamento? Certamente que sim. É algo importante. Mas a importância é bem, bem pequena em comparação ao caráter. Eis aqui o cerne do problema: se você não puder ser atraído à beleza de caráter, você não permanecerá atraído à beleza física. (Disponível em http://www.monergismo.net.br/textos/familia_casamento/beleza-imperecivel_challies.pdf acessado em 17 de maio de 2018)

Não é surpresa que um dos sinais para o fim de um casamento seja evidenciado na falta do desejo pelo outro dentro do matrimônio. No site Beraka temos as seguintes informações sobre supostas razões que levam casais cristãos a cometerem adultério:

1) Os homens traem as esposas sem envolvimento sentimental, na maioria das vezes. É sexo por sexo. 2) Homens são capazes de trair para ter uma “novidade” de vida sexual. Algumas vezes, deixam-se envolver um pouco mais e se apaixonam, a ponto de abandonar a esposa para viver um novo relacionamento. 3) Mas quase sempre a atração inicial é o sexo, principalmente quando o relacionamento sexual com a esposa não está satisfatório para ele, por culpa dele, se vem de uma vida promíscua, ou dela, por frigidez. Esta é uma questão um tanto complexa, pois essa insatisfação pode estar sendo gerada por compulsão, por fantasias sexuais não realizadas, por alguma disfunção sexual da esposa, por falta de comunicação entre o casal, entre outras. 4) Outra motivação masculina para a traição é a autoafirmação. Muitos homens passam por uma crise existencial, por volta dos 40 anos. Ao constatar a chegada da meia idade, inconscientemente, desejam voltar à juventude e envolvem-se com mulheres mais jovens. 5) E há, é claro, aqueles também que o fazem por fraqueza de caráter, vícios não superados, e por não valorizar nem respeitar devidamente a esposa.

As mulheres têm necessidade de receber atenção e afeto em maior proporção que os homens. 2) Quando uma esposa fica carente de receber amor e afeto, atenção, abraço, beijo, carinho, ela fica vulnerável. 3) Se ela convive em algum lugar com um homem que lhe faz elogios, age delicadamente com ela ou toca sua mão, seu braço ou seu ombro com carinho, ela cai com facilidade “nos braços” desse homem. 4) Mulheres abusadas sexualmente na infância também ficam propensas, pois formam um conceito distorcido de sexualidade. 5) E há, é claro, aquelas que traem por fraqueza de caráter também. 6) Receber afeto é necessidade vital para a mulher. (Disponível em https://berakash.blogspot.com.br/2012/01/por-que-casais-cristaos-cometem-o.html acessado em 17 de maio de 2016).

O homem cristão precisa ter sabedoria para evitar cair em tentação e fazer a leitura se sua esposa corre o risco de cair em tentação. Temos que ter consciência de que o pecado não ficará impune, Bavinck em sua monumental Teologia Dogmática Volume III diz “A retribuição, porém, é o princípio, e o padrão de julgamento na Escritura. O próprio Deus é justo e reto; ele nunca inocenta o culpado e é misericordioso com o pobre e o aflito.” (BAVINCK, 2012, p. 162). Por isto a CFW em sua perspectiva correta acerca da justiça que deve ser feita ao infrator e a misericórdia que deve ser feita para a vitima no caso de adultério diz no cap. XXIV seção V

O adultério ou fornicação, cometida depois de um contrato, sendo detectado antes do casamento, dá à parte inocente justa razão para dissolver o contrato. No caso de adultério depois do casamento, é, licito à parte inocente propor divórcio e, depois de obter o divórcio, casar com outrem, como se a parte infiel estivesse morta. (WESTMISNTER, 1999, p. 415)

Dito isto o que nos resta é ter sabedoria para evitarmos o mal e, por conseguinte a tentação que se não for dominada gerará o pecado. E o pecado consumado trará toda sorte de consequências maléficas. O servo de Deus deve ter temor do Senhor e de sua ira. Se pecarmos contra o Senhor e não nos arrependermos o nosso pecado estará diante Dele. Nossa rebelião contra Deus e Sua Palavra não ficará impune. Deus nos castigará e fará isto visando a nossa correção. Não tenhamos coração duro que não atenta na repreensão do Senhor. Não nos enganemos, não é porque as coisas parecem boas, que Deus não agirá se estivermos errados. Se estamos de pé é por causa dEle e não por causa de nós mesmo.

COMO PODERÍAMOS APLICAR ESTAS VERDADES DAS SAGRADAS ESCRITURAS?

  1. A vontade de Deus é que suas filhas sejam submissas aos seus maridos. Lembrando sempre que submissão é uma atitude consciente, ou seja, a submissão nunca quebra algo estabelecido por Deus. Ex: O marido quer que a esposa faça algo que a lei de Deus proíbe. A esposa não deve fazer, pois Deus não é glorificado e a atitude exigida quebra a sua lei.
  2. A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derruba. Que você irmã, não seja tola, não destrua sua casa, não afronte seu marido, não seja rixosa.
  3. Conheça as histórias de Sara, Rute, Débora, Abigail, Ester, Maria e tantas outras servas de Deus. Procure conhecer o que elas fizeram e como foram seus relacionamentos.
  4. Quando a mulher quer ser cabeça, nisto não reside glória nenhuma e nem conquista feminina. Só rebeldia contra Deus. E isto não traz felicidade. A felicidade dentro de casa consiste em obedecer a Lei de Deus
  5. Homens devem ser provedores, esta é sua responsabilidade. O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se. O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha. Pv. 10. 4-5
  6. Homens são chamados para liderar. O marido deve demonstrar capacidade em liderar. Como sua esposa vai descansar e ser boa esposa se não reconhecer em você um líder?
  7. Ser líder é estabelecer diretrizes. No lar cada um tem seu papel, e deve saber a sua estrutura. A mulher é parte frágil. Devemos ter cuidado com nosso proceder, nossa maneira de falar.
  8. Devo respeitar seus limites e perceber que foi Deus quem fez assim.
  9. Ciúmes, escândalos, brigas, tempestade em copos de água. Tudo isto precisa ser revisto, devo rever meu comportamento. Estas atitudes escandalizam o Evangelho. E não é prova de amor nenhum.
  10. Devo reconhecer o trabalho da minha esposa, sua dedicação, seu empenho. Devo ajudá-la naquilo que for preciso.
  11. Precisamos entender que somos uma só carne, além disto, temos o Espírito em nossas vidas. Quem nos ajuntou foi Deus e fez isto para o louvor de Sua glória.

*** Instruções sobre o mandato social. Teologia bíblica do cap. III da carta de Pedro por Rev. Jaziel Campina Cunha